2º Seminário do Programa de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio, à Discriminação e à violência
Participe do 2º Seminário de enfrentamento ao assédio, à discriminação e à violência | Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Resumo do evento
O 2º Seminário do Programa de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio, à Discriminação e à Violência do CEFET-MG foi uma ação de capacitação realizada em parceria com a Escola de Desenvolvimento de Servidores (EDS), com transmissão online. A abertura destacou o compromisso institucional com integridade, respeito e inclusão, e apresentou avanços recentes de governança e integridade no CEFET-MG.
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Síntese
O seminário consolidou políticas e estruturas de integridade do CEFET-MG, apresentou ferramentas práticas de prevenção e acolhimento, e ofereceu uma lente técnica e humana para diferenciar assédio de outras violências, orientando quando há responsabilização disciplinar.
A mensagem central: prevenção depende de cultura, protocolos claros, acolhimento efetivo e atuação coordenada entre gestão, ouvidoria e corregedoria.
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Programação
- 8h30: Credenciamento
- 9h: Abertura
- 9h15: Palestra “Prevenção e Enfrentamento ao Assédio, à Discriminação e à Violência” com Fabian Gilbert Maia (CGU)
- 10h45: Intervalo
- 11h: Mesa-redonda “Apresentação do Guia de Enfrentamento à Discriminação e reflexões sobre o tema no CEFET-MG”, com Sandra Dias, Silvani Valentim e Glaucia Pinto
Destaques institucionais (CEFET-MG)
- Criação de comissão para elaboração da política de prevenção e enfrentamento e posterior aprovação da política (Resolução CD nº 27, de 31/01/2025).
- Instituição e regulamentação do Comitê (Portaria Normativa nº 91, de fevereiro/2025) e designação de membros.
- Publicação do Plano Setorial de Prevenção e Enfrentamento (março/2025).
- Adesão à Rede Equidade, com 37 instituições federais (março/2025).
- Campanha de integridade “Integridade sou eu, somos nós” (outubro).
- Aprovação do formulário de notificação de suspeita de assédio, discriminação e violência, para padronizar acolhimento, encaminhamento e geração de dados para ações preventivas.
- Composição do Comitê buscando paridade de gênero e raça, equidade entre TAEs e docentes, participação de coletivos e presença de representantes de todas as diretorias.
- Ações de sensibilização já realizadas em campi e departamentos para ampliar diálogo e conscientização.
Principais ideias da palestra de Fabian Gilbert Maia (CGU)
- Enquadramentos de “assédio” em três perspectivas:
- Sociológica: conduta indesejada que afeta a dignidade e gera sofrimento na vítima. Foco no impacto sentido.
- Penal: exige conotação sexual e relação de hierarquia/ascendência, além de intenção. Campo mais restrito.
- Administrativa/disciplinar: só há assédio quando há conduta dolosa, intencional, que ofende a dignidade; em regra, casos de assédio implicam demissão.
- Diferença entre violência e assédio: pode haver violência sem dolo; para assédio disciplinar é necessário dolo.
Quatro “testes” práticos para caracterizar assédio doloso:
- Coisificação: tratar a pessoa como objeto, rebaixando sua dignidade.
- Busca de proveito: insistência para obter vantagem contra a vontade da pessoa.
- Aviso prévio: após alertado que a conduta causa sofrimento, a reiteração revela dolo.
- Violação de dever objetivo de cuidado: especialmente em relações assimétricas (chefia, docência), sem salvaguardas.
Acolhimento e responsabilização: é crucial articular ouvidoria, corregedoria e gestão. Mesmo quando não há dolo para sanção por assédio, a vítima precisa de acolhimento e a conduta inadequada deve ser corrigida.
Consentimento: deve ser expresso, contextual, variável e revogável.